A insanidade é fazer algo, igual, repetidamente, achando que terá um resultado diferente da próxima vez.
É uma linha tênue, entre achar que se está certo, quando o resto do mundo já viu que você está estupidamente errado.
Chegamos mais próximo da insanidade, quando estamos fora de nós, ou melhor, enchemos a cara. A bebedeira, nos torna vulneráveis, sugestionáveis.
Voltamos à infância, choramos, clamamos por carinho, chegando a questão de segundos a velhice plena, esquecendo completamente o que acabamos de fazer no segundo posterior.
No mesmo instante que esquecemos o segundo passado, lembramos de questões mal resolvidas a décadas, esbravejamos com alguém que acabamos de conhecer.
E este por sua vez, não faz a mínima do que estamos balbuciando.
Dançamos ritmos frenéticos, tiramos as roupas, dormimos longe do ninho, acordamos com um leve sabor de cabo de guarda-chuva na garganta.
Além das inúmeras sombrinhas e guarda-chuvas na boca, o ápice da insanidade, não são os gostos, mas o cheiro, seguido da visão de alguém estranho deitado ao lado.
Alguém, que normalmente é feio suficiente para que nos torne sóbrios.
O cúmulo da insanidade é dizer a nós mesmos, que jamais, encheremos a cara torrencialmente, que aquele foi o ultimo trago, o ultimo gole. Até o dia de ressaca moral passar, a noite cair e a insanidade bater a porta, solicita, lhe oferecendo companhia para a próxima loucura.
Ilustração: Google - Ps: Nesse exato momento não estou de ressaca, texto publicado originalmente em um antigo blog meu.

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